O 16º Congresso Brasileiro de Hansenologia busca aprimorar, capacitar e atualizar os recursos humanos envolvidos com a hanseníase, além de divulgar ações e experiencias exitosas que visam o diagnóstico precoce, tratamento, reabilitação física e a proteção social das pessoas atingidas pela hanseníase, essa doença sistêmica e complexa. O congresso irá estimular as discussões sobre a dificuldade no diagnóstico e acompanhamento de casos de hanseníase, a falta de estrutura e capacitação para identificar, classificar e definir aqueles que podem usar o tratamento padrão e os que devem fazer uso de outros medicamentos e mesmo dos pacientes que precisam de tratamento estendido ou de outras drogas disponíveis para uso em hanseníase, a abordagem dos contatos de pacientes de hanseníase, dentre outros desafios enfrentados tanto pelos pacientes quanto pelos responsáveis pelo diagnóstico, tratamento e reabilitação das pessoas atingidas pela hanseníase.
O congresso estimula a divulgação e o compartilhamento de informações sobre a doença tanto para a população, quanto para os diferentes profissionais envolvidos no diagnóstico clínico e laboratorial dos casos novos e na avaliação dos contatos intradomiciliares, tratamento, reabilitação e inclusão social das pessoas e famílias atingidas pela hanseníase. Apesar de estar na área médica, é um congresso multidisciplinar, com grande abrangência para a área social.
Após cerca de 40 anos sem a formação de novos especialistas, os futuros hansenólogos dos estados do MT e do ES compartilharão suas experiências durante o congresso, quando as novas gerações de profissionais são reconhecidas pelo oferecimento de premiações dos melhores trabalhos científicos desenvolvidos por alunos de graduação e pós-graduação (mestrado e doutorado), além dos trabalhos de campo com aplicação direta junto ao Sistema Único de Saúde (SUS), com relevância para o controle da endemia no país, valorizando aqueles programas reconhecidos por agências de fomento oficiais, como a CAPES e o CNPQ, bem com as diferentes agências estaduais, que apresentam a hanseníase como temática em suas pesquisas.
Após 2 anos sem a possibilidade de apresentação presencial dos seus trabalhos, a comunidade acadêmica terá a oportunidade de mostrar ao público o que foi produzido dentro das suas linhas de pesquisa com a hanseníase neste período, cenário que sempre se apresenta de modo bastante especial nesta área negligenciada da saúde pública. Além disso, participarão em ações voltadas para a comunidade durante o período do evento, em uma aproximação importante da academia com a comunidade.
